Maio Laranja convida a sociedade a fazer bonito no combate ao abuso e à exploração sexual infantojuvenil

Por Prefeitura de Manaus – 27, julho, 2024


Uma flor que remete aos desenhos da primeira infância e simboliza a fragilidade desta época da vida é o símbolo da campanha Maio Laranja de combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes. O desenho também tem como objetivo aproximar a identificação da sociedade com a causa. A cada hora três crianças são abusadas no Brasil. Aproximadamente 51% têm entre 1 a 5 anos de idade.

Todos os anos 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no país e há dados que sugerem que somente 7,5% dos casos cheguem a ser denunciados às autoridades, ou seja, os números podem ser muito maiores. É aí que entramos todos nós, enquanto sociedade e poder público. Juntos, podemos fazer bonito!

Para isso, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), promoveu a 1ª edição do “Seminário Municipal de Enfrentamento à Exploração Sexual Infantojuvenil na Cidade de Manaus”, para a atualização dos servidores da pasta.

Com o tema “A invisibilidade da exploração sexual infantojuvenil, uma das piores formas de Trabalho Infantil”, o seminário trouxe especialistas no tema para abordar melhores práticas de abordagem e encaminhamento dos casos, ao longo de dois dias de atividades, no auditório Zany dos Reis, na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

Durante todo o mês a campanha será reforçada como forma de mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

Desde 2020, o mês de maio é conhecido pela campanha Maio Laranja, sendo o dia 18 o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, data em que a menina capixaba Araceli Crespo foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta, no ano de 1973, aos 8 anos de idade.  Em 2000, a Lei Federal 9.970/00, instituiu o marco como a luta pelos direitos humanos de crianças e adolescentes.



COMO IDENTIFICAR?

O abuso sexual consiste na prática de atos sexuais com crianças e/ou adolescentes mediante violência ou grave ameaça, visando a gratificação sexual do adulto, provocando sérios danos à integridade física e psíquica à vítima. A violência pode ocorrer através de carícias, beijos, palavras obscenas, exposição dos órgãos genitais.


Na exploração sexual, a criança e/ou adolescente são usados sexualmente com fins comerciais e lucrativos. Geralmente, há a participação de um aliciador. A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: turismo sexual, em redes de prostituição, de tráfico de pessoas e pornografia.


É fundamental atentar-se às mudanças de comportamento de crianças e/ou adolescentes. Alguns indícios podem facilitar a identificação do problema. É preciso observar um conjunto de um ou mais fatores, já que, de forma isolada, podem não significar um crime:

– Apresentar dores na região genital e abdominal, dilatação do hímen, sangramento, doenças sexualmente transmissíveis, infecções, deter conhecimento sexual não condizente à fase de desenvolvimento, comportamento sexualmente explícito;

– Isolamento, depressão, retração, medo de frequentar determinado lugar, queda no rendimento escolar, agressividade, medo, choro constante sem causa aparente, distúrbios do sono e de alimentação, preocupação exagerada com a limpeza corporal, etc.

– Leve em conta as características da criança, como: idade, o meio em que está inserida, as informações que dispõe, os traços de sua personalidade, o que gosta e o que não gosta;

– É importante ainda ter empatia com a criança e o adolescente e se colocar no lugar deles, para entender o que estão sentindo e porque agem desta maneira;

– Fale de maneira direta e aponte, de forma nítida, o que está inadequado em sua conduta;

– Escute com interesse e atenção os argumentos.

O QUE FAZER?

Se você tiver suspeita ou conhecimento de alguma criança ou adolescente que esteja sofrendo violência, a melhor atitude deve ser a denúncia. Em Manaus, pode-se acionar o Conselho Tutelar mais próximo ou ligar para o Disque 100. Faça bonito: até a maratona mais longa começa com um pequeno passo. Denuncie!