
Por: Secretaria Municipal de Comunicação
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Apesar de conhecida, com tratamento e cura disponíveis, a hanseníase ainda representa um desafio de saúde pública no Brasil. O país é o segundo do mundo em número absoluto de pessoas acometidas pela doença, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A hanseníase atinge principalmente a pele e os nervos periféricos e pode afetar pessoas de qualquer idade e sexo. Quando identificada e tratada corretamente, a doença tem cura e não deixa sequelas. O tratamento é acessível e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e em Manaus todas as unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) estão preparadas para acolher os usuários e promover o diagnóstico e o tratamento da doença.
Mesmo sendo uma infecção conhecida há milênios, a hanseníase ainda é cercada por mitos e estigmas que dificultam o diagnóstico precoce e comprometem a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, em janeiro, a Prefeitura de Manaus intensifica suas ações de combate à doença, unindo esforços para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, fundamental para a cura. A sensibilização ajuda ainda a combater o estigma relacionado à doença, baseado em preconceitos e desinformação.
A transmissão da hanseníase ocorre quando uma pessoa doente elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros. O diagnóstico precoce é a principal ação para prevenir as complicações e interromper a transmissão, sendo feito principalmente de forma clínica e epidemiológica.
A maioria das pessoas infectadas não desenvolve a doença devido à defesa natural da população contra o bacilo. Os sintomas, quando se manifestam, acontecem entre dois a sete anos após a contaminação e geralmente não são percebidos. Os sinais envolvem lesões que causam diminuição ou ausência de sensibilidade, edema nas mãos e nos pés, febre, dor nas articulações, entupimento e ressecamento do nariz, ressecamento dos olhos, nódulos dolorosos, mal-estar geral, espessamento dos nervos periféricos, especialmente nos olhos, mãos e pés, que resultam em diminuição ou perda de força muscular, especialmente nas pálpebras e membros superiores e inferiores.
A detecção precoce da hanseníase é mais efetiva por meio do exame de pele e nervos periféricos, que está disponível em todas as unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Depois da confirmação do diagnóstico, o tratamento gratuito é iniciado e após a primeira dose da medicação, não há mais o risco de transmissão.
É fundamental que pessoas em contato próximo com pacientes diagnosticados também sejam examinadas, por meio de avaliação dermatoneurológica e realização de teste rápido para detecção de anticorpos, como parte da busca ativa de casos para identificação e tratamento precoce.
A hanseníase causa um impacto não apenas na saúde física, mas gera implicações emocionais e sociais quando não tratada corretamente, por conta das lesões que ocasiona na pele.
Por isso, é importante que a população participe das ações do Janeiro Roxo. Erradicar o preconceito e cuidar da saúde é uma responsabilidade de todos. Faça a sua parte: procure a unidade de saúde mais próxima, informe-se e compartilhe com quem precisa. Saúde é um direito de todos!